É uma história baseada na minha fanfic. Ela acontece entre a primeira e segunda temporada .
espero que gostem :)
06 de julho de 2012 / Pov’s Demi
Ligação on
-Selena, por favor, vem aqui –falei
chorando- preciso da sua ajuda.
-Calma, Demi, fica calma e me diz o
que está acontecendo? Você está passando mal? –disse que não- Você e o Harry
brigaram? –respondi que não novamente.
-Selena, por favor. Preciso de você
aqui –disse chorando.
-Ok, ok, ainda tenho mais cinquenta
minutos de palestras mas vou tentar sair o mais cedo possível, está bem?
-Tá, bom. Não demore
Ligação off
...
Cerca de trinta e cinco minutos
depois o interfone soa avisando que Selena havia chegado e estava subindo.
Pouco depois ouço a campainha e vou abrir a porta. Se fosse qualquer outra
pessoa no mundo me trocaria, mas como era a Sel, minha melhor amiga de infância,
não me importava em atender de moletom 5 números maior que o meu e um coque
muito mal feito, cara amassada de tanto ter chorado no travesseiro.
-Meu Deus, Demetria, o que
aconteceu? –ela perguntou. Não havia mudado quase nada desde a adolescência,
exceto que agora ela tinha muito mais linhas de preocupações pelo rosto,
olheiras e olhos esbugalhados por causa de tanta cafeína, típico de estudantes
de medicina.
Quase que no mesmo instante a porta
se abre e Ashley entra trazendo uma sacola da farmácia como eu havia pedido.
Ela morava no apartamento ao lado com Nicholas, seu marido. Ela me entregou a
sacola e eu respirei fundo olhando para dentro.
-Ai meu Deus! Demi, você está...?
–Selena meio que a adivinhou mas eu a cortei.
-Eu não sei. Não sei. Olha, o
pacote está fechado ainda –disse mostrando o teste de gravidez nas minhas mãos
fechado. –só vou saber quando fizer o teste.
-Ainda não entendi qual é o
problema, Demi –a Ash falou- você é quase adulta legalmente, mora sozinha, tem
emprego, tem um apartamento e ainda não botou fogo nele nesses quatro meses,
tem um namorado, o talvez futuro pai, que te ama.
-Não é isso. É só que eu não sei se
consigo lhe dar com isso. Sabe? Ser mãe. Eu vou ter uma criança que vai
depender de mim para tudo.
-Bom –disse Selena colando as mãos
em meus ombros de modo confortador- ninguém sabe como ser mãe até ser –não
entendi o que ela disse até ela explicar novamente- estou tentando dizer é que
você nunca realmente vai estar pronta até ter esse bebezinho nos braços. Uma
criança não vem com manual e você não vai poder entrar em um cursinho de como
ser mãe. Você vai ter que aprender na prática, errando e acertando mas em
qualquer momento pode contar conosco.
-Mesmo assim. E se eu realmente
estiver grávida? Não tenho a mínima ideia de como ser mãe.
-E o Harry, o que acha? –Ash
perguntou.
-Nada –disse e elas me olharam
confusas- tipo não comentei nada. Na verdade, comecei a achar estranho quando
enjoei no jantar, de novo, daí ele achou que fosse por causa da bulimia, de
novo, e começou a me dar um “sermão”. Mas foi ai que eu comecei a associar os
meus sintomas com a gravidez.
-Mas vocês já devem ter conversado
sobre filhos antes.
-Na verdade não.
-O QUE? –elas perguntaram juntas-
vocês estão juntos há, sei lá, cinco anos! Como nunca pensaram em filhos? Família?
–prosseguiu Selena.
-Já, mas não agora. Não com a minha
carreira e a nova turnê dele.
-Demetria, Demetria, o que fazemos
com você? –disse Selena.
-Acho que está na hora dela fazer o
teste –disse Ashley.
As duas praticamente me empurraram
para o banheiro com a caixinha em mãos. Depois de me encarar por um tempo no
espelho e repetir “vai ficar tudo bem. Não importa o resultado” tirei o teste
que parecia um termômetro digital exótico da embalagem.
Depois de fazer os procedimentos
necessários me encontrei encarando as duas linhas no mesmo. Tirei outro teste
–havia pedido para comprar três diferentes- e o fiz. Positivo. O terceiro
apontou positivo também.
Não havia como negar mais, eu
estava grávida. Harry e eu teríamos um bebe. O nosso filho.
Sai do banheiro. Não imagino como
deve estar a minha cara pois as meninas pararam de sorrir e se voltaram para
mim. Ashley arrancou os testes de minha mão e arregalou os olhos vendo o
resultado, mostrou para Selena. As duas começaram a sorrir e me abraçar e não
pude deixar de evitar ficar empolgada também afinal eu iria ser mãe. Oh God!
-Como vou contar para minha mãe?
–eu disse meio em estase. Não havia pensado nisso.
-Pensasse nisso antes de rejeitar
camisinha e anticoncepcional –disse Selena brincando- ah, você não está falando
sério, está? Sua mãe não sabe que você não é mais virgem?
-Nunca disse que sim nem que não.
–dei de ombros.
-Há. Então eu vou ser a madrinha!
–Selena disse aleatoriamente.
Ela e Ashley começaram a discutir e
por fim combinaram que se eu tivesse gêmeos cada uma iria ser madrinha de um,
se fosse só um seria Selena e o próximo seria a Ashley.
-Como vai contar para o Harry?
–perguntou Ashley.
-Não faço ideia.
-Precisamos ir no shopping, comprar
coisas de bebe e daí fazer surpresa.
-Se eu for vista no shopping
comprando coisas de bebe que realmente não vai ser uma surpresa.
-Tem razão. Mas vamos pensar em
algo, ok, afilhado lindo da titia? –ela disse para minha barriga.
-Quem te garante que é um menino?
-Apenas acho que vai ser.
No dia seguinte...
-E que tal se colocarmos assim: Naa
na... alone –cantei- uuh... Naa na.. alone..
Uuh... That you’re not alone.
-E daí começa o refrão de novo
–sugeriu Toby.
Estávamos no estúdio compondo uma
nova canção. Eu, Toby Gad e James Marrison trabalhávamos nessa que, em
especial, eu pretendia lançar em breve.
-Então vamos finalizar com o
refrão? –perguntou James.
-A Demi podia terminar fazendo
aqueles “uh... uuhm...” –Toby ‘cantou’ com uma voz feminina e eu ri – sério,
menina, sua voz é de destruir carreiras –gargalhei para valer dessa vez- canta
esse final para ouvirmos.
-You say the time away makes your heart grow numb. But, I can’t stay
just to prove that you wrong. Oh, just look at how far we’re come. Don’t you
know? Don’t know that you’re the one? Uhhh… Naa na... alone… uuh... Naa na..
alone.. Uuh... That you’re not alone. Year. My love is like a st…
-Opa –disse uma voz bem conhecida
para mim –estou atrapalhando alguma coisa?
-Não, senhor Styles estávamos...
–James começou a dizer mas foi impedido de continuar.
-Ah, sem essa coisa de “senhor”.
Pode me chamar apenas de Harry. Não quero incomodar, só vim para saber o motivo
de eu ter levado um bolo e a minha namorada não atender o celular. A música que
ela está trabalhando tem que ser muito boa para justificar.
Peguei meu celular, estava no
silencioso, e realmente haviam cinco chamadas perdidas de Harry e algumas
mensagens, o relógio marcava 2:45p.m. e havíamos combinado de almoçarmos juntos
as 1:30p.m.
-Ai! –disse batendo na testa
teatralmente- Desculpe, amor, fiquei tão empolgada que nem percebi o tempo
passar. Você tem algo para fazer agora?
-Não, só as 4p.m. ainda dá tempo de
almoçarmos.
Avisei que voltaria em uma hora e
em seguida caminhei para fora do estúdio de mãos dadas com Harry.
-Achei que você estava me evitando
– ele soltou baixinho.
O que? Me assustei. Será que ele
sabia de algo?
-Por que faria isso?
-Desde o que acontecem anteontem
você tem evitado falar comigo. Foi algo do que eu falei? Eu não queria magoa-la
e...
-Claro que não! –disse parando em
frente a ele e envolvendo meus braços em seu pescoço tentando passar uma
segurança que eu não sentia- Não te culpo por ter ficado preocupado comigo mas
estou bem, ok?
-Então o que é? –quase contei tudo.
Mas pensei um pouco e acabei desistindo. Não daria essa notícia em um
estacionamento.
-Nada –menti e o beijei. Ele
retribuiu de imediato apertando a minha cintura. Paramos depois de um tempo por
falta de oxigênio e eu disse meio arfante- então, onde vamos almoçar?
...
-Você não vai me contar mesmo o que
está acontecendo? –ele disse pela quinta vez durante o almoço. Suspirei.
-Você quer mesmo saber?
-Mas é obvio que não –ele disse
debochado- mas que pergunta! –suspirei passando as mãos pelos cabelos para
ganhar tempo. Tinha a fútil esperança de que ele não quisesse saber realmente.
-Eu estou grávida, Harry, vamos ter
um filho. –disse por fim.
Ele ficou tenso e, ao contrário do
que eu esperava, ele não falou nada por um tempo, mesmo que sua boca se abrisse
constantemente, nenhum som era emitido. Me culpei por dar a notícia assim do
nada, sem nem mesmo tentar abordar o tema antes.
-Fala alguma coisa –eu supliquei.
-Não sei o que você quer que eu
diga.
-Simplesmente o que está pensando
sobre isso.
-O qu... como aconteceu?
-Ah, vamos, Harry, você sabe como aconteceu.
-Arg. Eu sei. Só não esperava isso.
Não agora. Com tudo acontecendo... turnê, shows, cd, filme. Uma criança vai
atrapalhar tudo! Eu nã...
-Ah! Por favor! Me poupe! –disse
impaciente- você acha que eu não
pensei nisso?! Quem vai ficar carregando um bebê por nove meses sou eu! Quem
vai virar uma baleia vai ser eu! Quem vai ter que abrir mão de fazer várias
coisas até os primeiros meses do bebe vai ser eu! Quem não vai mais poder fazer
shows sou eu!
-Essa responsabilidade não é toda
sua. Você não vai carregar esse peso sozinha.
-Peso? Você está chamando nosso
filho de peso?! –ótimo. Agora os dois estavam irritados.
-Não mude minhas palavras! Não quis
dizer isso. Você está olhando só para o seu lado como se fosse o centro do
mundo e esse bebe fosse alterar só a sua vida! Você está nisso há cinco anos,
na verdade pode até te fazer bem parar um pouco e quanto a mim? Eu passei minha
vida inteira ensaiando, quatro anos estudando e dando duro e só consegui chegar
agora.
-E eu não fiz nada para chegar
aqui? Ah, me desculpe por ter conseguido primeiro –disse sarcástica- não sabia
que era uma corrida e você tinha que ganhar. –já se acumulavam lágrimas nos
meus olhos. Será que é isso que chamam de bipolaridade de gravidez? Se bem que
eu já sou bipolar então... –desculpe atrapalhar a sua vida, então. Não precisa
se preocupar com nada, vou cuidar do meu filho muito bem –ok, assumo que essa
foi dramática demais até para mim.
-Sem drama, Demi.
-Drama? Por
favor, eu não faço drama! Eu tenho mais o que fazer. –disse me levantando.
Sentia como
se pudesse chorar a qualquer momento. Qualquer palavra seria capaz de me fazer
desmoronar em lágrimas. Apertei meus lábios com força para evitar derramar
alguma lágrima. Fui em direção ao banheiro ignorando os olhares curiosos
voltados a mim.
-Demi!
Demi, volte aqui! –Harry chamava mas o ignorei completamente e entrei no
banheiro.
Me permiti
cair em lágrimas assim que vi meus olhos vermelhos, refletidos pelo grande
espelho sob a pia, pela vontade de chorar.
Ouvia cada
palavra que ele dissera se repetindo e me cortando como laminas. Achava que
poderia dividir a alegria do meu filho com o pai dele, como devia ser. Achei
que ele fosse gostar de ter um filho nosso. Nunca pensei que algo tão
insignificante doesse tanto ou que uma gravida pudesse soluçar por tanto tempo
como eu estava fazendo.
-Moça?
–disse uma velhinha entrando no banheiro – a senhora que é a Demi? –assenti com
a cabeça pois não confiava nas minhas palavras – tem um rapaz ai fora querendo
falar com você e disse que não vai sair de lá sem você.
-Eu não vou
ir falar com ele –senti minha garganta fechar com a vontade de chorar
novamente- Não posso... –como suspeitava voltei a chorar sem conseguir
completar a frase.
-Ele te
machucou? Fez algo com você? Quer que chame a polícia? –ela preocupada e eu
neguei com a cabeça.
-Ele é o
meu namorado. Nós brigamos e ele me disse coisas horríveis, não consigo falar
com ele agora.