Uma Crônica de Estudante
Recebi uma proposta de crônica bem interessante e eu me identifiquei muito e pretendo identificar-me ainda mais fazendo faculdade no exterior ou intercambio, assim espero.
Eu estudo longe de casa, mas não o suficiente para
ter que me mudar, mas tenho que enfrentar horas de transito diariamente o que é
bem estressante, faço a maior parte das refeições na rua, e não tenho ideia de
que horas irei chegar em casa para terminar as minhas tarefas e me preparar
para a(s) prova(s) do dia seguinte.
Pode parecer algo simples, milhões de jovens passam
por isso, eu sei. Não sou única ou especial por isso. O mundo não sabe ou ao
menos se importa com quem eu sou, se eu morresse amanhã que diferença faria
para as pessoas além de familiares e amigos próximos? Mas, sem apelar para o
lado emocional, apenas acadêmico, preciso dizer que a diferença está em o
que se faz na vida, e não no que a vida faz de você.
Escrever é algo que eu amo fazer, e se eu não
tivesse as palavras realmente não saberia o que fazer da minha vida. Tá, claro,
não é o fim do mundo, sei disso. Mas no mundo em que vivemos nada espera, a
vida não fica esperando você se decidir. É como uma onda no mar, ela está
vindo, não há nada em que se segurar, se não tiver preparado será arrastado.
Expectativa vs. Realidade
Tudo era perfeito enquanto estava
no papel e na mente. Imagine só: ser independente, morar sozinha e mas não ter
responsabilidade de pagar as contas. Poderia ir para onde quisesse quando eu
quisesse sem ter que dar satisfações a ninguém.
Mas, na pratica, não é tão fácil
assim.
Durante o dia as aulas ocupam
totalmente a minha mente, não tenho mais mamãe para acorda-me e preparar o
café. Tenho que acordar com o arcaico despertador e tomar um café enquanto ando
ou estou no transporte público me locomovendo para o prédio onde serão forçadas
para dentro de minha mente informações novas a cada instante.
As curtas e ao mesmo tempo
infinitas tardes passam em um piscar de olhos, enquanto trabalho para me manter,
comida, transporte e vestuário não costumavam ser problemas. Porém, agora, não
há mais o caixa eletrônico do papai para quando quero ir no shopping com os
amigos ou comer algo diferente.
E as noites! As geladas noites
paradisíacas em um país longínquo, recordo de minha família e amigos em casa antes enquanto aqueço-me em muitos cobertores. Bate
a saudade de casa, lá onde o frio precisava ser mecânico e o calor era algo
inevitável.