domingo, 28 de junho de 2015

Papel Histórico das Mulheres

Postado por Little Lovato às 18:22
Sou Uma Mulher e Sou Humana
Já parou para pensar em quantas mulheres são citadas historicamente como heroínas ou, ao menos, alguém importante? Vamos ver... Joana D’arc, se não fosse por ela, Carlos VII nunca teria vencido a Guerra dos Cem Anos e provavelmente a França faria parte da Grã-Bretanha. Como Carlos agradeceu? Exato! A mandou ser julgada pela Inquisição Inglesa – os perdedores da Guerra- e foi condenada à morte por bruxaria.

Bravo! Um ótimo exemplo agora: aquela filosofa que... espere na história da filosofia não há mulheres marcantes. Mas na ciência tem aquela super conhecida... ou na matemática quem sabe? Vamos perguntar ao Professor Google as mulheres épicas na história, porque acho que essa matéria está em falta na minha escola.
Temos?
·         Maria, a judia (273 a.C. – ?) Uma química chamada Maria viveu no Egito por volta do ano 273 a.C.. Ela inventou um método usado em laboratórios químicos para aquecer uniformemente qualquer substância líquida ou sólida, o que conhecemos hoje como “banho maria”. Também realizou estudos sobre o enxofre.
Como sobreviveríamos sem saber disso, não é mesmo?
·         Thaisa Storchi Berhmann (1955 – presente) Foi agraciada com o prêmio da Unesco este ano por seu estudos sobre buracos negros. A brasileira conseguiu provar a matéria também pode escapar desses corpos estelares.
Quem nunca se questionou sobre a existência de buracos negros, não é mesmo?
·         Rosalind Franklin (1920 – 1958) A britânica Rosalind Franklin foi uma das maiores biofísicas de todos os tempos. Foi ela quem descobriu o formato helicoidal do DNA, base para as principais descobertas da genética nos anos que se seguiram. Ela também comprovou a difração dos raios-x.
Aposto que todos conheciam essa, não é mesmo?
O que estou tentando dizer é onde está a suposta igualdade? Que eu saiba no Brasil as mulheres só puderam ingressar na faculdade em 1879. A primeira faculdade foi criada em 737 (A Universidade Ez-Zitouna em Túnis-Tunísia), enquanto a primeira mulher a ingressar na mesma foi em 1837 (Women’s College em Ohio – EUA)! Olha a desigualdade em que estamos! Isso por quê?
As mulheres não eram consideradas cidadãos! Elas serviam para limpar, fazer e cuidar das crianças, alimentar e satisfazer o marido. A maior expectativa de vida que poderiam ter era ter um marido bom. Não que tenha mudado, hoje em dia ainda existe isso.
“Mas, Bia, hoje em dia a mulher tem status na sociedade. As presidentas do Brasil e Argentina são mulheres, a rainha da Inglaterra é mulher, temos mulheres importantes.”
Sim, concordo, temos ALGUMAS mulheres importantes, mas aqui, estamos falando de uma população em geral e continuamos a sermos tratadas como o sexo frágil. Como podemos falar a sério de mal nos levam a sério?
Pesquisas dizem que, geralmente, mulheres são mais dedicadas aos estudos e os homens ganham mais? Como assim? Isso é uma coisa revoltante, a pessoa deveria ter remunerada de acordo com a qualidade de seu trabalho não levando em conta se tem um pênis.
Tem rolado um vídeo que mostram cinco garotinhas fantasiadas de princesas falando deste tema de forma direta (com direito a palavrões!) você ri e se diverte as ouvindo e percebe que nada daquilo é inventado ou exagerado. Vou deixar o link aqui e tirem suas conclusões.
Como disse antes, há algumas mulheres que se destacam, por isso, vou falar um pouco de 5 das minhas heroínas por ordem de idade.



Jane Austen (1775 – 1817) – Mesmo que ainda não tenha terminado de ler uma obra completa escrita por ela, sou apaixonada pela sua história desde que li a biografia (eu fui a melhor amiga de Jane Austen) – a biografia é uma narrativa ficcional criada com base em textos e cartas deixadas por Austen, a melhor amiga que conta o livro é a sua prima Jenny Cooper com personagens reais.
Eu adoro o espirito que ela carrega em sua obra, tendo sido criada em uma época em que mulheres eram educadas para serem esposas ela criticava com humor e mesmo não tendo se casado, o que era uma coisa terrível na época, ela não se abalou e continuou escrevendo pois era essa a paixão dela.
Gostaria de ser lembrada como ela é por esta frase “Ela abriu sua boca com sabedoria e em sua língua reside a lei da bondade.”.
Esta é uma suposição de como Jane Austen deve ter sido

JK/Joanne Rowling (1965 – viva) – ela sempre foi uma aluna dedicada “Hermione é vagamente baseada em mim. Ela é uma caricatura de mim quando eu tinha onze anos, que não estou particularmente orgulhosa”, conta ela. Foi rejeitada pela Oxford e acabou estudando em Exeter.
Mas o que me admira é o fato de ela ter passado por muitas situações ruins enquanto escrevia Harry Potter e a Pedra Filosofal (muitas mesmo!) e mesmo assim não desistiu. Ela escreveu “Fracasso significava um descascamento da inessentia. Eu parei de fingir para mim mesma que eu era nada além do que eu era, e comecei a dirigir toda a minha energia para terminar o único trabalho que importava para mim. Eu realmente tinha conseguido qualquer outra coisa, eu poderia nunca ter encontrado a determinação para ter sucesso em uma área onde eu realmente pertencia. Fui posta em liberdade, porque o meu maior medo tinha sido realizado, e eu ainda estava viva, e eu ainda tinha uma filha a quem eu adorava, e eu tinha uma máquina de escrever antiga, e uma grande ideia. E assim o fundo do poço tornou-se uma base sólida sobre a qual eu reconstruí a minha vida”.

E depois de tudo isso, com Harry Potter pronto ela foi rejeitada por várias editoras, até que uma não tão prestigiada decidiu publicar contando que usasse um pseudônimo. Mas, depois disso ela entrou para o terceiro/segundo (não tenho certeza) lugar das mulheres mais ricas do mundo a frente da Rainha Elizabete e Madonna! Fala sério, queria ter a garra (e ter tido a ideia antes dela, haha) que essa mulher teve, acho que se mais pessoas fossem como ela, o mundo seria bem melhor.




Jennifer Lawrence (1990 – viva) – a jovem atriz hollywoodiana nasceu e cresceu em uma cidade no interior do Texas, Kentucky. Ela nunca escondeu suas raízes como se orgulha em contar de sua infância nada glamorosa sendo perseguida pelos cavalos selvagens de seus pais por culpa dos seus irmãos.

Jennifer sempre foi uma criança animada e boa mentirosa, todos sabiam que ela seria uma ótima atriz, tanto que seus pais a levaram para Nova York fazer testes. Em uma das suas primeiras audições os juízes se encantaram com o talento da jovem e ainda mais quando souberam que ela nunca havia feito aulas. Ela depois disso participou de filmes pequenos, foi protagonista do filme Inverno da Alma que lhe proporcionou uma indicação ao Oscar, mais tarde ficou mundialmente conhecida como a heroína Katniss Everdeen de Jogos Vorazes (minha paixão ) e dai seu sucesso só cresceu.

Mas uma das coisas que mais fico admirada é que ela não deixou o sucesso subir à cabeça. Amigos e parentes contam que em nenhum momento ela mudou, muitos anos depois de se tornar famosa que ela comprou um carro e apartamento. E é gente como a gente.



Demetria (Demi) Lovato (1992 – viva) – tá, sou um pouco suspeita por falar mas eu amooo demais essa mulher . Demi nasceu em Albuquerque – Novo México mas cresceu em Dallas – Texas. Seus pais tinham um casamento conturbado por conta do alcoolismo dele, e em 1996 o casal se separou e Demi mantivera pouquíssimo contato com o pai.
Ela sempre soube que queria cantar, mas teve muitas barreiras na infância por conta do bullying que sofria. Pichavam na parede “Demetria é gorda/puta” e chegaram a fazer uma lista –assinada por quase todos os alunos- de pessoas que a odiavam. Quando tinha doze anos ligou para mãe e pediu que a buscasse na escola, e nunca mais voltou lá sendo educada em casa.
Mesmo com todo esse drama na escola, aos 8 anos ela participou do programa Barney e Seus Amigos. Participava de concursos de beleza (seu padrasto chegou a penhorar a casa três vezes para pagá-los) e fazia pequenas participações em séries e outras coisas. O sucesso começou mesmo aos 14/15 anos quando ela foi aceita para protagonizar o filme Camp Rock e a série Sunny Entre Estrelas ambos do Disney Channel onde permaneceu até os dezoito anos.

Ela tinha anorexia, bulimia, se automutilava além de ter problemas com álcool, drogas e depressão e foi diagnosticada com bipolaridade II. E, depois de pensar que sua carreira estava acabada, ela voltou mais forte do que nunca e resolveu falar abertamente sobre estes assuntos ajudando a salvar vidas.
O que mais me toca com a sua história é que aconteceu várias coisas ruins e boas enquanto ela era apenas uma criança. Ela era uma pessoa talentosa que teve muitas quedas que a tornaram fortes, ela chegou ao topo do mundo se sentindo no fundo do poço e resolveu desabafar e acabou conquistando milhões de fãs pelo mundo, hoje somos o 4° maior fandom do mundo!



Esther Grace Earl (1994 – 2010) – a ruivinha fã de Harry Potter que era amiga do John Green. Eu gostaria muito de tê-la conhecido em vida, ela era uma jovem tão sabia que, infelizmente, foi sentenciada a morte pelo câncer. Provavelmente teria virado uma escritora ou repórter brilhante, ela tinha tudo para das certo na via e infelizmente morreu aos 16 anos. Eu chorei tanto ao ler sua biografia.
Diagnosticada com câncer da tireoide ao doze anos, Esther Grace Earl era uma adolescente talentosa e cheia de vida. Ela marcou todos em seu caminho com sua generosidade, esperança e altruísmo enquanto enfrentava com graciosidade o desgaste físico e mental da doença. Esther serviu de inspiração para milhares de pessoas por meio de seu vlog e diversos grupos on-line de que fazia parte.

Queria citar um trecho do livro mas não consigo abri-lo sem chorar, de verdade. Estou com o nariz vermelho já só de estar procurando um trecho. Ela foi uma garota incrível, que tocou pessoas apenas sendo ela mesma, há muitos relatos de amigos (ela participava de um grupo de amigos virtuais bem grande e unido) de que ela simplesmente sabia quando não estavam bem, sabia ouvir sem julgar e sempre soube o que falar.

Mesmo não a conhecendo sinto um pesar muito grande por sua morte precoce. Queria que ela pudesse ter assistido As Relíquias da Morte ou lido A Culpa é das Estrelas, que afinal o John Green e homenageou neste livro. Ela diz uma coisa muito linda (está na capa do livro, por isso consegui abrir para ler haha) que é “Apenas seja feliz, e, se você não conseguir ficar feliz, faça coisas que o deixem feliz. Ou fique sem fazer nada com as pessoas que o fazem feliz.”. Se há uma coisa que ela tinha de sobra era alegria que distribuía.




Bom, vou terminar por aqui. Qualquer coisa chame no twitter @IAmLittleLovato
 

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